Deputado lembra que há cinco anos a empresa figura como pior distribuidora do País em ranking da Aneel e diz que falta de investimentos inviabiliza atração e expansão de empresas
O deputado estadual Thiago Albernaz usou a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar investimentos por parte da empresa Enel, que adquiriu da Eletrobras as ações da antiga Celg. Adiantando o tom que vai adotar em sua ação parlamentar, ao usar a Tribuna hoje pela primeira vez como deputado, ele pontuou que há cinco anos ela figura como a pior distribuidora do País no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Thiago Albernaz lembrou que a tarifa de energia em Goiás teve um reajuste de 18,54% no ano passado, que passou a valer a partir do dia 22 de outubro, sem a esperada melhora na prestação do serviço, “que continua precária”.
Thiago Albernaz mostrou que a empresa também figura continuamente no quadro de reclamações do Procon de Goiás. No ano de 2018, a empresa em nenhum mês deixou de figurar entre as dez mais reclamadas do Estado devido à precariedade dos serviços prestados. “O ano de 2019 representa um marco para a empresa, que chegou à quinta colocação no ranking das mais reclamadas no sistema de atendimento ao consumidor”, observou o parlamentar.
Outro ponto abordado por ele – e alvo de cobrança – é a incapacidade da Enel de cumprir o programa Luz para Todos. Thiago Albernaz lembrou que o Ministério de Minas e Energia informou que o prazo para que todos tenham energia em Goiás seria 2019, mas a Enel e o MME negociam um novo contrato com prazo até 2022. “Concretizando-se essa negociação, Goiás vai ocupar a lanterna, sendo o último Estado a cumprir o programa”, pontuou o deputado.
Thiago Albernaz questionou a falta de transparência no contrato de venda da Celg para a Enel, assinado em 14 de fevereiro de 2016. “É preciso transparência para que realmente haja a percepção das reais cláusulas do contrato, como preço pago e comprometimento dos investimentos da Enel”, cobrou, lembrando que a falta de energia, que é um insumo básico, está impedindo a instalação de novas empresas e a expansão das já existentes. “Segundo a direção da empresa, foram investidos R$ 800 milhões por ano, mas os índices não condizem com essa situação apontada pela Enel”, afirma Thiago Albernaz.
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